segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Prosecco, champagne ou frisante?

Que dúvida!!!!! Mas na verdade, o que tudo isso significa?
Não sou uma expert, mas já pesquisei bastante o assunto... Primeiro esclarecimento: o que o espumante, o frisante, o prosecco e o champagne tem em comum? Acreditem: todos são vinhos, e espumantes (embora alguns sommeliers não consideram o lambrusco como um espumante). Isso porque muitas vezes vou esclarecer sobre a média de consumo e as pessoas acham esquisito que eu trato os espumantes como vinhos.
Os espumantes são vinhos que passam por duas fermentações, e nesta segunda fermentação que as bolhinhas (chamadas de perlage) aparecem. Existem duas principais técnicas de vinificação para que o espumante seja elaborado, e os famosos obedecem todo um critério para que recebam suas denominações: champagne, prosecco, cava, lambrusco, entre outras. Os que não tem estas denominações, são considerados simplesmente como espumantes, mas não é por isso que deixam de ser vinhos excelentes. Aqui o objetivo é esclarecer o que fica melhor no seu evento, e quem quiser se aprofundar mais no assunto, existem sites bem completos.
O que todo mundo pergunta sobre frisante é o famoso Lambrusco, um vinho italiano, muitas vezes bem docinho, com pouca perlage. Existem outros frisantes também, inclusive nacionais, mas o arroz de festa nesta categoria é mesmo o lambrusco. É um vinho de baixo custo, mas muitos deles pode ter qualidade duvidosa (isso inclui aquela famosa dor de cabeça no dia seguinte). Mas atenção, porque são bebidas de baixa graduação alcoólica e grande concentração de açúcar, traduzindo: maior consumo. Mesmo que a bebida seja com um custo mais baixo, prepare-se para o consumo que certamente será maior.
O Prosecco é um espumante italiano, da uva prosecco, produzido na região do Veneto. O que não respeitar esta denominação não é Prosecco. Isso porque já vi uma série de enganações a respeito, pode ter vinhos de outras nacionalidades produzido com a uva prosecco, mas o espumante italiano prosecco tem esta denominação que é uma legislação na Itália. O prosecco pode ser brut e extra-dry, este último menos seco e mais comum em festas. O ponto positivo do prosecco é que não é doce, a graduação alcoólica é maior, muitos deles tem uma acidez equilibrada, o que torna uma bebida extremamente refrescante.
A maioria dos espumantes que não estão sobre uma legislação de origem controlada, podem ser também excelentes escolhas. Há uma variedade muito grande no mercado, brut, demi-sec, roses, os elaborados com uvas moscatel que são bem docinhos, harmonizam super bem com sobremesas, doces e bem casados.
Agora, a pergunta que não quer calar: qual é a média de consumo? Como tudo, depende de variáveis. Se o padrão de bebidas alcoólicas da festa for: chopp/cerveja, whisky, espumante e vinho tinto, o ideal é trabalhar da seguinte forma:- Espumante com maior concentração de açúcar (como o lambrusco e espumantes da uva moscatel): 1 garrafa para cada 2 convidados- Espumantes mais secos (como os brut e proseccos): 1 garrafa para cada 3 convidados- Vinho tinto: 1 garrafa para cada 4 convidados, ou para 5 convidados, se servir apenas durante o jantar.
O importante é degustar, conhecer o que ficar melhor para o seu evento, na dúvida um sommelier pode ajudar e muito. Alguns buffets têm este serviço que harmoniza o cardápio com o vinho, o que pode ser algo bem charmoso. O meu objetivo é ajudar a esclarecer, porque muitos vendedores aproveitam da falta de conhecimento do casal para vender algo que não é adequado para a festa.

Boa semana!

Nenhum comentário:

Postar um comentário